Água é um assunto sério e por isso precisamos preservar e evitar as perdas que constantemente são relatadas pelas companhias, pesquisas e pela mídia.
No Guest Post de hoje, vamos ver na ótica do Instituto Trata Brasil, o quanto o controle das perdas pode ser benéfico.
Benefícios esperados com a redução das perdas de água no país
Atualmente, ao distribuir água para garantir consumo, os sistemas sofrem perdas, que na média nacional alcançam 38,1%.
O estudo “Perdas de Água: Desafios do Avanço do Saneamento Básico e a Escassez Hídrica”“, divulgado em 2018 pelo Instituto Trata Brasil, mensurou as consequências dos impactos da redução das perdas no sistema de distribuição e de faturamento.
Das 100 maiores cidades estudadas no Ranking do Saneamento 2018, apenas dois municípios se destacam com baixos índices em perdas e baixa dispersão entre os indicadores, que são: Limeira com 15,57% de perdas na distribuição e 10,89% de perdas no faturamento; e Santos com 17,25% de perdas na distribuição e 18,73% no faturamento.
Este cenário é importante para dar uma dimensão geral do problema e avaliar os ganhos possíveis com a redução das perdas de água. Os principais benefícios indicados e esperados com a redução das perdas são:
• Aumento da receita – com a redução das perdas comercias;
• Diminuição de custos – com diminuição das perdas físicas;
• Diminuição dos índices de doenças contraídas à partir da água contaminada por meio de roubos e ligações clandestinas;
De acordo com a análise já citada, para conseguir o objetivo mencionado, as estratégias de redução de perdas devem combinar ações para a melhoria da gestão e técnicas (ampliação da infraestrutura) que permitam quebrar os paradigmas em relação às dificuldades comumente apontadas pelas empresas.
O que os municípios podem fazer para reduzir as perdas de água?
1 – Criar contratos com incentivos e foco na redução de perdas, como contratos de performance, parcerias publica-privadas e parcerias público-público;
2 – Direcionar maior financiamento para ações dessa natureza. Há uma necessidade de aumentar o financiamento para programas de redução de perdas no âmbito federal;
3 – Gerenciamento do controle de perdas: implementação de planos de gestão de perdas baseados no conhecimento do sistema, indicadores de desempenho e metas preestabelecidas;
4 – Entender as dificuldades para a setorização dos sistemas de abastecimento, acompanhado de um plano de médio e longo prazo com ações para o controle das perdas na distribuição;
5 – Aumentar o índice de hidrometração dos diversos sistemas e utilizar hidrômetros de maior precisão;
6 – Melhorar a macromedição nos sistemas de abastecimento de água para permitir uma melhor aferição dos indicadores de perdas;
7 – Criação e monitoramento de programas de redução de perdas sociais com a participação dos atores envolvidos;
8 – Replicar experiências exitosas de operadores públicos e privados nas regiões mais deficitárias, especialmente as Regiões Norte e Nordeste, onde se situam os maiores desafios.
Quer conferir o estudo na íntegra? Clique aqui!
Fonte: Blog Trata Brasil
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