O setor de utilities engloba indústrias de serviços essenciais como água, gás e energia. No texto de hoje abordaremos os seguintes assuntos sobre o mercado de utilities no Brasil:
- Mercado de utilities
- Impactos da pandemia no setor de utilities
- Cenário para 2021
Fique conosco e saiba mais sobre o mercado de utilities!
Mercado de utilities
Consideram-se utilities o gás, a energia elétrica e a água, produtos essenciais para a sociedade, e que estão ganhando espaço cada vez maior. Elas são conhecidas por sua estabilidade, confiabilidade e tecnologia.
As empresas envolvidas em energia são especializadas na exploração, extração (upstream), transporte, refino (midstream), comercialização e distribuição (downstream) de hidrocarbonetos, ou na geração de eletricidade em usinas de energia, e na transmissão e entrega de eletricidade integram o setor de utilities.
O setor de Power & Utilities é um dos mais importantes no Brasil. Sua matriz energética possui diversas fontes de energia elétrica, onde a principal é oriunda das usinas hidrelétricas.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, cerca de 60% do total da energia consumida no Brasil vêm de usinas hidrelétricas. Porém, o Brasil ainda é um dos mais fechados do mundo em relação à abertura do mercado de energia, se comparado a países mais desenvolvidos.
Com a Lei do Mercado Livre, a abertura do mercado de energia já é realidade para clientes que consomem mais de R$850 mil ao ano desta utilitie. A Lei do Mercado Livre é responsável por 30% da energia elétrica comercializada no Brasil.
Nos últimos 16 anos, a Lei trouxe uma economia de R$118 bilhões para os consumidores brasileiros.
Impactos da pandemia no setor de utilities
Desde o início da pandemia, todos os setores foram impactados de diversas formas, contudo, o setor de utilities tem se mostrado um dos mais resilientes diante da crise imposta pela Covid-19.
Os impactos se iniciam com a mudança brusca no comportamento de consumo, influenciado pelo modelo de trabalho e de negócios das empresas.
Assim, a demanda de energia aumentou nas residências e diminuiu no ambiente industrial. Além disso, os impactos na energia incluem o aumento da inadimplência, que estava em cerca de R$ 14,5 bilhões até novembro de 2020.
O setor de óleo e gás sofre com o aumento do preço dos insumos e da redução da demanda, situação que deve perdurar até o final de 2021. Já os combustíveis para transportes (gasolina, diesel e etanol) registraram uma queda de 27% na demanda em relação a 2019.
Quanto ao saneamento básico, mesmo com a crise instaurada pela pandemia, o setor tem recebido investimentos do Governo Federal após a aprovação do Marco Regulatório.
As Companhias Estaduais de Saneamento Básico, de acordo com o SNIS, são responsáveis por fornecer os serviços de água e esgoto em 70% dos municípios brasileiros.
Nem todos os impactos foram ruins, pois a pandemia mostrou a necessidade de uma transformação digital no setor, sendo um fator de aceleração para tal acontecimento.
Vamos conhecer um pouco da transformação digital das utilities e qual o cenário para 2021?
Cenário para 2021
Como citado acima, a pandemia mostrou a necessidade de transformação digital para as utilities. Isso significa que com o isolamento social, as empresas precisaram se reinventar e criar aplicativos e novos canais de atendimento que facilitem a resolução dos problemas dos clientes sem a necessidade de contato presencial.
Segundo estudo da Mckinsey, os investimentos em transformação digital no mercado de utilities possibilitaram redução de 25% em despesas operacionais, aumento de performance em torno de 40% e aumento da lucratividade nas operações.
A incorporação de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Machine Learning e Inteligência Artificial são de extrema importância para as concessionárias de saneamento básico, isso porque além da redução das perdas de água ― que no Brasil esse número chega a 38%, também reduz riscos de manutenção, aumento de produtividade e melhorar o atendimento ao cliente.
Assim, o cenário energético mundial passa por grandes transformações.
Saneamento básico
No saneamento básico, o cenário para 2021 é de concessões de algumas companhias de água, como ocorreu com a CEDAE no Rio de Janeiro. Ainda estão previstos três leilões, no Amapá (R$ 3 bilhões em investimentos), em Porto Alegre (R$ 2,17 bilhões) e no Rio Grande do Sul (R$ 3 bilhões), para ocorrer ainda em 2021.
Energia
Já no setor de energia elétrica, as perspectivas são aumento de 7% no valor das contas e 20% nas bandeiras tarifárias. Esse aumento se deve à crise hídrica atual, com os principais reservatórios do país operando 18% abaixo de sua capacidade máxima.
Com as restrições climáticas, ambientais e de infraestrutura, o setor tende a transicionar para as energias renováveis.
Segundo a Agência Internacional de Energia, entre 2010 e 2019 os países da América do Sul investiram cerca de US$ 10 bilhões por ano para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia.
Óleo e gás
A previsão para o mercado de petróleo e gás continuará desempenhando seu papel relevante no sistema energético global até 2050, porém, se estabilizando em meados de 2035.
O Brasil deve ser uma das principais fontes de crescimento em médio prazo. Isso porque o fornecimento de petróleo deve crescer de 1,2 mb/d para 4,2 mb/d até 2026. Considerando os impactos da pandemia, estima-se que em 10 anos sejam investidos cerca de R$ 1,9 tri na indústria brasileira de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Diante disso, acredita-se que o Brasil estará entre os cinco maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo até 2030.
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