Já se perguntou qual a situação do saneamento básico no mundo? Sabia que metade da população global não tem acesso ao saneamento? A pauta de hoje conta tudo para você!
Já te contamos a história do saneamento no mundo, está lembrado? Porém já se perguntou se os países evoluíram nesse sentido?
Falamos bastante aqui no blog sobre as condições do saneamento básico no Brasil e dos mais diversos efeitos que sua ausência causa.
Entretanto, o último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a saneamento básico seguro.
Ressalta-se que o saneamento seguro tem relação com a segurança das instalações e dos serviços prestados. Por exemplo, a rede de esgoto estar conectada ao serviço de tratamento de esgoto.
O relatório intitulado de “Progress on Drinking Water, Sanitation and Hygiene”, ainda afirmou que 2,3 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à nenhum serviço de saneamento.
No quesito água potável, ainda são 2,1 bilhões de pessoas em todo o mundo com ausência de água encanada e tratada. Isso significa 3 a cada 10 pessoas, dá para acreditar?
Esse número inclui 263 milhões de pessoas que precisam gastar mais de 30 minutos por viagem para coletar água de fontes distantes de casa. E também, 159 milhões que ainda bebem água não tratada de fontes superficiais, tais como córregos e lagos.
Outro dado importante é que 600 milhões de pessoas compartilham um banheiro ou latrina com outras famílias. Além disso, são 892 milhões de pessoas, principalmente em áreas rurais, que não têm acesso à nenhum tipo de banheiro. De acordo com o estudo, esses dados estão aumentando na África subsaariana e na Oceania.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que água potável encanada, saneamento e higiene não deveriam ser privilégios apenas daqueles que vivem em centros urbanos e em áreas ricas. Para ele, estes são os requisitos mais básicos de uma população. E além disso, que governos têm a responsabilidade de assegurar que todos tenham acesso a esses serviços.
Para o Instituto Trata Brasil, a falta desses serviços expõe a população a vários riscos à saúde, prejudicando o desenvolvimento da educação e da economia.
As crianças continuam sendo as mais prejudicadas
O relatório indica que, em países que passam por conflitos, as crianças têm quatro vezes menos chance de usar serviços de abastecimento de água e duas vezes menos de ter o saneamento básico que outras crianças têm em outros países
Esse quadro de ausência ou precariedade dos serviços de saneamento básico são mortais para crianças com menos de cinco anos de idade, de acordo com o Unicef.
Todos os anos, 360 mil crianças morrem de diarreia no mundo. Isso significa que a diarreia faz mais vítimas que a Aids, a malária e o sarampo juntos.
Além disso, esse cenário contribui para a propagação de doenças como cólera, disenteria, hepatite A e febre tifóide.
Outros dados da OMS mostram que 1,5 milhão de crianças menores de 5 anos sofrem todos os anos com problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água.
O Instituto Trata Brasil ainda afirma que 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se houvesse mais investimentos no saneamento básico e em medidas de higiene.
Antonhy Lake, diretor-executivo do Unicef, relata que água segura, saneamento eficaz e higiene são fundamentais para a saúde de cada criança e de cada comunidade, e que através disso, é possível construir sociedades mais fortes, saudáveis e equitativas.
A ONU e o Saneamento básico no mundo
Em 2015, a ONU estabeleceu a Agenda 2030 com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa agenda faz parte das metas do milênio e é adotada pelos países-membros da ONU para ser cumprida até 2030.
Note que o objetivo número seis estabelece a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.
De acordo com a ONU, neste objetivo, estão definidas metas para a distribuição de água de forma igualitária, melhoria da qualidade da água, acesso à banheiros e a garantia de saneamento para todos.
Além disso, o objetivo número três está fortemente relacionado com o saneamento. Ele estabelece a garantia de uma vida saudável e a promoção do bem estar de todos, independentemente da faixa etária.
Entretanto, em 90 países o avanço na área de saneamento básico é muito lento. E isto leva a crer que a cobertura universal não será alcançada até 2030.
A ONU ainda afirma que existem grandes lacunas entre áreas urbanas e rurais. Das 159 milhões de pessoas que utilizam águas superficiais não tratadas, 150 milhões vivem em zonas rurais.
É certo que ainda há muito o que ser feito pelo saneamento básico, tanto no Brasil, como no mundo. Se quiser saber mais dados sobre essa situação, o Instituto Trata Brasil fornece um infográfico completo e atualizado sobre o saneamento no mundo.
Ainda não conhece a história do saneamento básico? Não deixe de conferir nosso artigo sobre o tema!
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