O artigo de hoje é sobre a utilização de sistemas de inteligência artificial nas empresas de saneamento. Ficou interessado?
Vamos falar sobre os seguintes assuntos:
- Sistemas de inteligência artificial aplicado ao saneamento
- Redução de custo com a gestão de energia
- Machine Learning na análise de padrões de comportamento
- Os sistemas de inteligência artificial na detecção de perdas
- Sani, um sistema de inteligência artificial da Sabesp
Melhorar a produtividade, reduzir custos e reduzir incertezas são fatores cruciais em qualquer empresa com uma equipe de gestão aplicada.
O fato é que a quantidade de dados e variáveis nos cenários das organizações as leva a procurar uma forma de processar seus dados internos e externos para tomada de decisão.
É aí que os sistemas de inteligência artificial entram em cena!
Sistemas de inteligência artificial aplicados ao saneamento
Potencializar o desempenho por meio de tecnologias não é bem uma novidade e está cada vez mais recorrente.
As atividades humanas ficam dedicadas àquelas que não podem ser automatizadas, deixando as mecânicas para os sistemas. Esse modelo traz ganhos efetivos com eficiência com os erros reduzidos ou mais facilmente tratáveis.
Assim como citamos em outros momentos, não temos mais como fugir da tecnologia seja a inteligência artificial, blockchain, big data ou mesmo o armazenamento em nuvem.
Redução de custo com a gestão de energia
Já iniciamos naquilo que as empresas dão uma importância imensa que é o custo para produzir determinado produto ou serviço.
No saneamento básico, por exemplo, 98% das empresas têm a despesa de energia elétrica entre seus três maiores gastos. Segundo o Sistema Nacional de Informações do Saneamento Básico (SNIS), só em 2015 foram R$ 5,1 bilhões com essa despesa.
Como se já não bastasse a proporção desse gasto, uma crise energética promove encargos ainda maiores sobre a energia elétrica.
Devemos falar também nos pontos de captação, que por serem cada vez mais distantes dos pontos de consumo, exigem uma grande carga energética para sua condução adequada.
Isso leva pelo menos 80% das empresas de saneamento a enxergar a gestão energética como forma de reduzir custos operacionais.
Esse tipo de gestão é feito por muitas empresas na forma de planilhas de modo manual, gerando consumo excessivo de mão-de-obra. Sem contar a insegurança de dados e a necessidade de backups.
O que os sistemas de inteligência artificial fazem nesse sentido é justamente gerir faturas, orçamento e eficiência do sistema. Algumas áreas passíveis de aplicação são:
- Gestão de contratos de energia;
- Recuperação de créditos tributários;
- Processos de faturamento;
- Orçamento previsto de médio e longo prazo;
- Identificação de perdas de energia on-line;
- Otimização de perda de carga de sistemas de bombeamento;
- Detecção de vazamentos on-line;
- Melhores práticas para ganhos expressivos;
- Criação de KPI’s;
Essas e outras ações podem ser efetuadas através de aplicações como o Viridis que tratam desse tipo de custo que é tão caro para o saneamento e tantas outras empresas. O sistema permite ainda benchmarks, modelagem estatística e outras funcionalidades na gestão energética.
Machine Learning na análise de padrões de comportamento
Quando o assunto é padrão de consumo ou fatores que envolvem comportamento humano os sistemas de inteligência artificial utilizam uma interface que tem por nome machine learning.
Isso nada mais é do que o aprendizado da máquina por meio da análise dos padrões de ação humanos.
No caso do saneamento, a prática pode ser utilizada em consumos anormais, tendências de pagamentos e questões de corte de fornecimento.
Um exemplo de uso é na Aegea, companhia que no ano de 2017 detinha 23% do mercado privado de saneamento básico brasileiro.
A companhia participou em 2016 do Innoweeks com o propósito de encontrar um modo de fornecer água tratada de forma mais barata. Vale lembrar que muitos lugares carentes não teriam condições de compensar financeiramente os investimentos da companhia para levar água até aquele local.
O ponto de partida específico foi reduzir os custos operacionais da ProLagos, empresa da Aegea em Búzios, responsável pelo saneamento na região dos Lagos no Rio de Janeiro. Com a iniciativa, um time de especialistas da empresa apresentaram um Sistema de Saneamento Inteligente.
O sistema criado tem base em machine learning, big data e sistemas de inteligência artificial, que permitem conectar equipamentos, fazer medições online em tempo real e disponibilizar os dados obtidos no Centro de Controle, segundo a fala de Victor Barreto, Supervisor de Automação Aegea do Prolagos.
Um exemplo das aplicações está na no acompanhamento da eficiência das bombas que impulsionam a água para o sistema de distribuição. Nessa prática são reduzidas as perda de água e o gasto de energia nos serviços oferecidos.
Os sistemas de inteligência artificial na detecção de perdas
Não podemos falar em inteligência artificial sem lembrar dos robôs. As máquinas substituem serviços braçais no operacional, evitando riscos aos colaboradores e aumentando a eficiência em tarefas.
As inspeções em tubulações em locais inacessíveis, por exemplo, são caras e trabalhosas. Por outro lado, não inspecionar acaba custando caro.
Um outro problema é que obras nesses locais atrapalham as vias, bairros e cidades, pela necessidade de abrir buracos nas ruas.
Foi pensando nesse tipo de situação que foi criado o robô VX1-300. O projeto é de três engenheiros goianos, originado em uma incubadora da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O robô é inserido nos encanamentos e com uso de câmeras, sensores de inclinação e aceleração conseguem apurar o que está acontecendo, sem gerar tanto trabalho e custo.
Apesar de não ser exatamente uma novidade, os engenheiros brasileiros conseguiram replicar os modelos estrangeiros por um valor bem abaixo do que ele chegava aqui.
Sani, um sistema de inteligência artificial da Sabesp
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) resolveu investir em atendimento ao cliente por meio da inteligência artificial. O atendimento é um dos pontos cruciais do processo e pode gerar muita dor de cabeça se não for feito com efetividade, tanto para a empresa quanto para o cliente!
Uma unidade localizada no Jardim Ângela, bairro carente da Zona Sul de São Paulo, está servindo de testes. O local recebe em média 13 mil usuários mensalmente.
A Sani, nome dado a inteligência artificial, está sendo empregada em tablets, smartphones e outras instâncias de atendimento pela SABESP.
A iniciativa da companhia atende aos clientes por meio de inteligência artificial cognitiva, que ouve a reclamação e tenta dar uma solução assim como um atendente humano. Quando não é possível resolver o problema do reclamante, este é transferido para um atendimento com um colaborador.
Na inauguração do sistema, o serviço foi eficiente, desenvolvido de forma competente e rápida.
O projeto demonstra ainda um grande interesse em saber o como o usuário gostaria de receber o atendimento, apontando a cocriação como instrumento de aperfeiçoamento da inteligência artificial.
O fato é que os avanços da tecnologia já causam grande impacto nas organizações e nos consumidores.
Como sua organização se prepara para isso? O que vocês desenvolvem ou absorvem desse vasto conteúdo de sistemas de inteligência artificial?
Se precisar de algo pode contar conosco! Fale com um de nossos especialistas, nós temos a solução perfeita para você!